Perguntais-me como me tornei louco. Aconteceu assim: Um dia, muito tempo antes de muitos deuses terem nascido, despertei e vi que todas as minhas máscaras haviam sido roubadas - as 7 máscaras que eu havia confeccionado e usado em sete vidas - e corri sem máscara pelas ruas cheias de gente, gritando: "ladrões, ladrões, malditos ladrões!" Homens e mulheres riram de mim e alguns correram para casa, com medo de mim. E, quando cheguei à praça do mercado, um garoto trepado no telhado gritou: "é um louco"! Olhei para cima, para vê-lo. O sol beijou pela primeira vez minha face nova... E minha alma inflamou-se de amor pelo sol, e não desejei mais máscaras. "Benditos os ladrões que roubaram minhas máscaras"! E assim me tornei louco. E encontrei tanto liberdade como segurança em minha loucura: a liberdade da solidão e a segurança em minha loucura - a liberdade da solidão e a segurança de não ser compreendido, pois aquele que nos compreende, escraviza alguma coisa em nós. |
5 comentários:
E ainda tem gente que insiste no uso das máscaras!
E como!
Olá!Mas que bonito espaço!
Gostei muito do que escreves!
Sentido,né!?
Bgda por sua visita
Sem máscaras...digo que...espero voltar aqui!
Besito
;)
Fico feliz que tenha gostado, as portas estão abertas...
Bjs
Fantásticas palavras... Lindo e repleto de sentimentos belos o seu blog!!!
Parabéns!!!
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