OUÇAS... COM O CORAÇÃO

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Solidão

Está úmido e frio aqui,
Estou quase sem forças já
Mal consigo enxergar o que outrora era uma luz
Bem, parecia uma luz.
Será que meus sentidos já me estão enganando?
A cada nova tentativa mais um deslize,
A cada nova tentativa mais uma câimbra,
A cada nova tentativa mais uma lágrima que escorre pelo rosto.
Tento estender as mãos,
Em vão são estendidas.
Tento dar mais um grito, logo após outro e outro,
Não saiu nem o primeiro.
Pensar em desistir seria pedir para morrer.
Nessas alturas talvez a última saída.
Não, não é a saída,
Enquanto houver vida há esperança.
Enquanto houver esperança há vida.
Ainda assim, preciso escapar
Está mais frio, e o poço cada vez mais fundo.

Preciso de uma corda,
Não, preciso acordar para a vida
Só assim vou perceber que quem cavou esse poço fui eu,
E com as mesmas armas que cavei posso escapar.

Quando sair daqui, estarei mais forte
É o que dizem, espero que seja assim.

Não há poço mais fundo que a solidão.

Um comentário:

Anônimo disse...

Muito profundo esse poema! Literalmente...